Seu navegador está desatualizado!

Atualize o seu navegador para uma melhor visualização do site. Atualizar agora!

X

Os pesticidas têm papel importante no manejo agrícola e dentro deste mercado os herbicidas vêm apresentando destaque. Muito utilizados no controle químico de plantas infestantes, a aplicação destes produtos também ajuda a reduzir:

 

O uso de mão-de-obra necessário no controle mecânico, como capina manual;

Tráfego de maquinário;

Custos de produção.

 

Atualmente os herbicidas mais utilizados são o 2,4-D e o Picloram. Juntos, estes dois defensivos são utilizados para dessecar a soja, antecipando a colheita dos grãos. O 2,4-D e o Picloram controlam plantas infestantes eudicotiledôneas, ou seja, plantas com folhas largas.

 

Seu uso tem se popularizado devido à eficiência no controle da Buva (Conyza bonariensis, planta invasora que causa problemas nas plantações de trigo, soja, milho, dentre outras).

 

Porém, apesar de muito utilizados, é preciso muita atenção ao aplicar estes defensivos. Quer saber o motivo? Continue a leitura! 

 

Já que estamos falando sobre defensivos agrícolas, separei este texto sobre produtos ilegais e os perigos para o produtor e o consumidor. 

 

Leia também:

Defensivos Agrícolas Ilegais: Proteja a sua produção

 

Conheça o 2,4-D

2,4-D (2,4-dichlorophenoxyacetic acid) é o princípio ativo de pesticidas do tipo herbicida sistêmico, seletivo e de pós-emergência, e é utilizado nas culturas de:

 

Trigo;

Milho;

Soja;

Arroz;

Aveia;

Sorgo;

Cana-de-açúcar;

Café;

Pastagens de braquiária.

 

Utilizado no manejo de plantas infestantes de pastagens, o 2,4-D é absorvido pelas folhas, raízes e caule e atua nas plantas daninhas com o mecanismo de ação de mimetizar as auxinas naturais, causando a dessecação, desfolha e morte das plantas.

 

Seu sintoma principal é alteração do crescimento das plantas.

 

O 2,4-D apresenta curta persistência no solo, permanecendo presente por cerca de 4 a 10 dias. Ele é degradado por microrganismos, tem baixa lixiviação no solo, atingindo no máximo 60cm de profundidade.

 

Porém, mesmo sendo biodegradável, há risco de gerar problemas à saúde e ao meio-ambiente, como fitotoxidade residual, contaminação do solo e água, dentre outros.

 

Agora que você já conhece um pouco mais sobre o 2,4-D, vamos falar sobre o Picloram? 

 

Fale com nossos especialistas sobre análises de defensivos agrícolas para garantir o uso de produtos de qualidade! 

 

Picloram: mais tempo no solo

O Picloram (sal de trietanolamina de 4-amino-3, 5, 6-trichloropyridine-2-carboxylic acid), também é o princípio ativo de um herbicida seletivo, sistêmico e de pós-emergência. Seu registro e utilização são para as culturas de arroz, cana-de-açúcar e pastagens. 

 

Seu mecanismo de ação é mimetizando auxinas, gerando sintomas de crescimento anormal, encarquilhamento e curvamento do caule que evoluem para clorose, necrose e morte em cerca de 3 a 5 semanas, sintomas semelhantes ao 2,4-D.

 

O Picloram tem um dos maiores períodos de atividade residual em solo, e permanece no solo por cerca de 20 a 300 dias, podendo ser detectado no solo mesmo depois de 3 anos da aplicação na área.

 

Isso impede o cultivo de espécies não-tolerantes a ele, como a soja, que apresenta injúrias em caso de cultivo na área.

 

Como vimos, mesmo na quantidade correta, estes defensivos causam grande efeito no solo e até comprometer a saúde de outras culturas. Então como evitar danos na plantação?

 

 Leia também:

O que você precisa saber sobre ESG

Explicando a nova RDC 331

 

Novas técnicas e a importância do LMR

Para evitar prejuízos às novas culturas implantadas em áreas com resíduos de Picloram ou 2,4-D, existe uma técnica de fitorremediação que já está sendo implementada.

 

Esta técnica consiste no cultivo de determinadas espécies vegetais para descontaminar áreas com presença de xenobióticos. 

 

Estas plantas removem os resíduos dos princípios ativos, translocando-os para os tecidos foliares. A utilização dessa técnica reduz o tempo para liberação da área para o cultivo de culturas sensíveis e favorece a redução de impactos ao meio ambiente.

 

E como dissemos, mesmo em doses e tempo de carência corretos, o Picloram e o 2,4-dichlorophenoxyacetic acid são prejudiciais, tanto à saúde do lavrador quanto das culturas. Sendo assim, é muito importante ter atenção aos Limites Máximos Permitidos e o tempo de carência de aplicação de cada um. 

 

Devido ao impacto que estes defensivos podem causar ao meio-ambiente e ao ser humano, é de suma importância o monitoramento das áreas onde se faz uso do 2,4-D e do Picloram.

 

E com o monitoramento através de análises laboratoriais de resíduos de pesticidas no solo e nas plantas, é possível planejar ações para melhorar o cotidiano agrícola.

 

Até a próxima! 

 

Salve para ler mais tarde: 

Para que serve o Glifosato?

Entenda como o PARA realiza análise de resíduos

Lorena Caroline
Leia também