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Também conhecidos como agroquímicos ou agrotóxicos, a utilização de defensivos agrícolas gera muitas dúvidas e controvérsias. Muitos consumidores passaram a buscar alimentos produzidos sem a utilização destes produtos.
Porém, em países com condições climáticas favoráveis à proliferação de pragas, como o Brasil, e também em produções agrícolas de larga escala, utilizar defensivos agrícolas se faz necessário.
Mas ao contrário do que se pensa, apesar de terem a mesma finalidade, que é proteger os alimentos produzidos, estes produtos não são iguais. Cada tipo de agroquímico possui uma finalidade específica.
Quer tirar as suas dúvidas sobre defensivos agrícolas? Continue a leitura para saber o que são, como devem ser utilizados e mais.
Que tal aproveitar o tema e salvar nosso texto sobre a legalização de defensivos agrícolas no Brasil para ler depois?
• Legalização de defensivos agrícolas no Brasil
De acordo com a Lei Federal Nº 7.802, agrotóxicos e afins são produtos e agentes de processos físicos, químicos ou biológicos, destinados ao uso nos setores de produção, no armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas.
Além disso, esses produtos também são utilizados:
• Nas pastagens;
• Na proteção de florestas nativas (ou implantadas) e outros ecossistemas;
• Em ambientes urbanos, hídricos e industriais.
Como podemos ver, os defensivos têm como finalidade a preservação de ecossistemas agrícolas e não agrícolas. Vamos entender um pouco mais essa diferença:
Quando falamos em ecossistema agrícola, falamos em:
• Limpeza do terreno;
• Preparação do solo;
• Acompanhamento da lavoura;
• Florestas plantadas.
Quanto à utilização não agrícola de defensivos, podemos citar:
• Florestas nativas;
• Lagos e açudes;
• Armazenamento de produtos pós-produção.
E como mencionado anteriormente, cada um destes produtos possui uma finalidade específica. Continue a leitura para entender as diferenças.
Para cada tipo de produção e processo existem preparativos específicos. Além disso, também existem pragas e doenças que colocam em risco a lavoura, a fauna, flora e o armazenamento de produtos a serem produzidos ou já finalizados.
É por isso que existem agrotóxicos para cada tipo de situação, pois o que é bom contra a lagarta-da-soja (Anticarsia gemmatalis) e a lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens), que são as principais responsáveis por desfolhar a plantação de soja, pode não surtir efeito contra roedores, fungos e outros insetos, por exemplo.
Veja abaixo os cinco tipos mais comuns de agroquímicos utilizados:
São responsáveis por combater tipos variados de fungos responsáveis por causar diversas doenças, como a oídio, doença que pode ser causada por uma grande variedade de espécies de fungos.
Quando contaminada com oídio, a cultura é envolta em uma camada esbranquiçada ou cinza de esporos e micélio, fazendo com que as folhas sequem e caiam antes da hora, comprometendo o crescimento e desenvolvimento naturais da planta.
Esses defensivos, geralmente químicos, são utilizados no combate a plantas daninhas. Eles controlam e inibem o crescimento destas plantas que retiram os nutrientes do solo, o que acaba enfraquecendo as culturas.
Como vimos em nosso texto sobre defensivos agrícolas naturais, nem todo inseto causa danos à plantação. Existem aqueles que realizam o controle de pragas apenas por serem predadores naturais.
Porém, Lagarta Helicoperva (Helicoverpa armígera), Mosca-das-frutas e Percevejo-marrom-da-soja (Euschistus heros) são algumas das pragas que prejudicam culturas variadas e são uma ameaça para o produtor rural.
E é aí que entram os inseticidas, para ajudar no combate e controle desses insetos que causam danos aos frutos e às folhas das culturas.
Estes produtos são utilizados no combate a ácaros, uma das infestações mais comuns nas plantações e causam grande impacto negativo, pois se alimentam das partes aéreas e subterrâneas das plantas. Desta forma as culturas ficam com aparência marrom.
Uma forma de identificar ácaros é que, por serem aracnídeos da mesma família das aranhas, também são capazes de tecer teias. Os ácaros são muito comuns em plantações de algodão, banana e morango.
Ratazanas, toupeiras e ratos são alguns dos roedores que causam muitos problemas para o produtor rural, pois têm fácil acesso às culturas, especialmente legumes e verduras.
Leia nosso texto sobre Qualidade 4.0 e use as Ferramentas da Qualidade em conjunto com a aplicação correta de defensivos agrícolas.
Leia também:
O que é Qualidade 4.0?
Agroquímicos são feitos sob um rigoroso e extenso processo de pesquisas e testes. Conforme descrito na Lei Federal Nº 7.802: “O registro para novo produto agrotóxico, seus componentes e afins, será concedido se a sua ação tóxica sobre o ser humano e o meio ambiente for comprovadamente igual ou menor do que a daqueles já registrados, para o mesmo fim, segundo os parâmetros fixados na regulamentação desta Lei.”.
No Art. 3 desta mesma Lei é dito que: “Os agrotóxicos, seus componentes e afins, de acordo com definição do art. 2º desta Lei, só poderão ser produzidos, exportados, importados, comercializados e utilizados, se previamente registrados em órgão federal, de acordo com as diretrizes e exigências dos órgãos federais responsáveis pelos setores da saúde, do meio ambiente e da agricultura.”.
A quantidade de regulamentações exigidas para o uso de defensivos é alta e, por isso, muitos produtores recorrem a agroquímicos ilegais. Estes produtos não possuem composição correta, nem bula com instruções de uso para o monitoramento dos Limites Máximos Permitidos pelas legislações.
Embora seja tentador, utilizar produtos ilegais coloca em risco não apenas a operação, mas também a segurança e a saúde de quem manuseia os agrotóxicos e dos consumidores. Confira alguns cuidados importantes para o manuseio de agroquímicos.
Por se tratar de produtos químicos, defensivos devem ser transportados, armazenados e manuseados com muito cuidado, pois o contato direto com estes produtos causa problemas sérios à saúde. Por isso, vamos ver alguns pontos importantes para garantir uma produção segura.
É importante que, antes de comprar um agroquímico, o produtor tenha o auxílio de um engenheiro agrônomo. O profissional dará o norte quanto ao tipo de produto ideal para aquela plantação específica.
O engenheiro agrônomo também vai orientar corretamente quanto ao grau de toxicidade do defensivo, pois quanto maior o nível de periculosidade, maior o cuidado necessário.
Independentemente do grau, deve-se seguir as orientações da bula e também utilizar EPIs para evitar riscos de intoxicação por via aérea ou dermal.
Para transportar agrotóxicos corretamente deve-se fazer na caçamba de caminhonetes, de preferência sozinhos, sem qualquer outro tipo de carga.
Quanto ao armazenamento, deve-se mantê-los sem contato com o chão, longe de outros animais, residências e produtos, e em local arejado.
Como mencionado anteriormente, o clima brasileiro torna indispensável a utilização de defensivos químicos. Mas a utilização consciente destes produtos, juntamente com a prática da tríplice lavagem e da logística reversa ajudam a manter não apenas os alimentos mais seguros e livres de resíduos de pesticidas, como também protegem o meio-ambiente.
Até a próxima!