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O Brasil é campeão mundial de uso de pesticidas na produção agrícola, sendo os produtores de soja, cana-de-açúcar, algodão e milho os que possuem maior participação na compra de pesticidas, já que estas culturas demandam maior utilização dos defensivos.

 

E junto com o uso intenso desses produtos surgem problemas para a saúde pública e o meio ambiente.

 

Os resíduos de pesticidas podem ser encontrados:

 

Em águas superficiais e subterrâneas;

No solo;

No ar e em alimentos. 

 

Os defensivos agrícolas podem afetar negativamente os organismos do solo e como existem diversos pesticidas, cada um tem um efeito diferente, pois o efeito depende das características fisiológicas, da sensibilidade e da toxicidade do produto, que ao atingir o solo pode ser absorvido, transformado ou transportado.

 

As concentrações de pesticidas são extremamente baixas no meio ambiente, sendo assim, os métodos de análise precisam ser sensíveis, seletivos, exatos e com precisão elevada para as determinações de defensivos, pois 80% do sucesso da análise de resíduos depende do preparo correto das amostras.

 

Porém, para determinar a amostragem é preciso determinar dois parâmetros: o Koc e a meia vida. Continue a leitura para saber como é feita essa definição. 

 

Leia também:

Defensivos agrícolas ilegais

PNCRC - A evolução do programa e do mercado

 

Koc e meia vida: definindo os parâmetros

A amostragem é realizada geralmente em duas profundidades e dois parâmetros do produto determinam a amostragem: o Koc e a meia vida do produto. A periodicidade é determinada em função da meia vida, já a profundidade da coleta é determinada pelo Koc.

 

Por exemplo: Koc alto ou muito alto = coleta em profundidade superficial (0-10cm); Koc baixo = coleta em profundidade maior (10-20cm).

 

O Koc é o coeficiente de sorção que estima a tendência da transição do herbicida da fase líquida à matéria orgânica do solo. Ele é considerado baixo quando está abaixo de 75 mL/g, e alto acima de 500mL/g.

 

Agora que você sabe o que é Koc e meia vida, pode partir para a próxima etapa: a amostragem do solo

 

Separei dois textos pra você ler mais tarde:

Saiba o que significa LMR na análise de resíduos

Entenda como o PARA realiza a análise de resíduos

 

Plano de amostragem do solo

Determinados estes parâmetros, agora deve ser definido o plano de amostragem contendo os números, locais de coleta e tipo de amostragem a ser aplicada. A amostragem composta é a mais conhecida e é feita da seguinte forma:

 

1 - Coleta-se o solo de diversos pontos ou parcelas da área, em seguida homogeneiza-se estes solos e retira-se apenas a quantidade necessária para análise. A quantidade de amostra de solo recomendada é de 1 kg para solos de textura argilosa e de 2 kg para solos de textura arenosa, pois solos arenosos retém menos defensivos.

 

2 - Após a determinação de quantidade e profundidade, é feita a coleta e acondicionamento do solo em sacos plásticos de boca larga, nunca utilizados ou “virgens”, em ambiente refrigerado, como uma caixa térmica com gelo ou gelox. Após a saída do campo, armazenar a amostra em câmara fria a 5°C e encaminhar ao laboratório responsável dentro de 7 dias. A escolha do laboratório responsável é muito importante para a qualidade do processo. 

 

Fale com a equipe de especialistas da Agrosafety e saiba mais sobre como podemos te ajudar com análises de pesticidas em solo!

 

Conclusão

A metodologia da amostragem de solo para análise de resíduos de pesticidas é parecida com a análise de fertilidade de solo, muito conhecida e praticada pelos produtores agrícolas.

 

Conclui-se que as análises de resíduos de defensivos agrícolas devem fazer parte do plano de monitoramento e controle agrícola, visto que a utilização incorreta de herbicidas e afins pode acarretar em diversos prejuízos ao meio ambiente, e que uma amostragem realizada da maneira correta auxilia na eliminação de erros e garante mais segurança dos alimentos. 

 

Saiba mais sobre:

Indústria de alimentos: crescimento e tendências

O que é Qualidade?

 

 

Lorena Caroline
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