Atualize o seu navegador para uma melhor visualização do site. Atualizar agora!
X
Análise de
Alimentos
Análises
Ambientais
Agrícolas
Sempre que novos defensivos agrícolas têm a sua utilização liberada no Brasil, surge o alerta relacionado ao crescente aumento no número de pesticidas liberados para utilização nas lavouras.
Acompanham esse crescimento as discussões sobre qualidade e segurança do alimento e da população, formas alternativas de alimentos produzidos sem uso de pesticidas, e também dúvidas quanto aos motivos da liberação de determinados produtos na produção de alimentos.
E uma dúvida bastante comum é: “se determinado pesticida é proibido no exterior, então por que é autorizado no Brasil?”. Existem alguns fatores específicos para a liberação destes produtos em nosso país.
Sendo assim, continue a leitura para saber mais sobre a diversidade agronômica, o sistema de regularização de defensivos químicos no país, e a utilização de defensivos agrícolas no agronegócio nacional e internacional.
Leia também:
• O que você precisa saber sobre ESG
• O que é Qualidade 4.0?
Ao redor do mundo existem solos, culturas, pragas, doenças e condições climáticas diferentes. Logo, nem toda lavoura terá o mesmo tratamento, algumas precisarão de mais defensivos, outras de menos, e algumas de nenhum ou quase nenhum.
Quando pensamos em diversidade agronômica não precisamos ir muito longe. O Brasil é um país com 8.516.000 km² e possui diferentes sistemas para a produção agrícola, igualmente baseado nos pontos citados acima.
Questões como disponibilidade de água, variações sazonais e sistema social influenciam no modo de produção que será aplicado.
Enquanto o clima da região sul favorece a produção de soja, a Zona da Mata, na região nordeste, se destaca pela produção de hortifruti, especialmente frutas como melão, abacaxi e manga.
A diversidade agronômica é um dos fatores que determinam a necessidade da utilização de determinado produto. Se o clima é frio demais e evita naturalmente algumas pragas e doenças, não faz sentido a utilização de pesticidas para uma finalidade que a própria natureza se encarrega de combater.
Quando falamos em defensivos autorizados no Brasil, mas não no exterior, devemos considerar também a necessidade de utilização destes produtos no agronegócio internacional.
Vamos usar um exemplo prático: não há necessidade de se registrar um defensivo agrícola específico para café onde não se cultiva, como na Europa.
E da mesma forma que existem países onde o clima frio age de forma natural contra os agentes causadores de doenças nas plantações, existem países, como o nosso, que possuem clima mais quente e úmido, e que é propício para o desenvolvimento de insetos, fungos e demais pragas que colocam em risco a saúde do alimento produzido.
Desta forma, faz sentido determinados defensivos serem autorizados para uso no Brasil, mas não no exterior. Isso não significa necessariamente que estes produtos tiveram o seu uso proibido, tudo depende da diversidade e da necessidade agronômica de cada lugar, e também das legislações que regem o agronegócio do país.
E como funciona a liberação de defensivos no país? Você confere a seguir.
Salve nosso post sobre defensivos agrícolas naturais para ler mais tarde.
Em nosso post sobre defensivos agrícolas ilegais, mostramos que antes de terem o seu uso autorizado no país, os pesticidas passam por três importantes e rigorosas avaliações:
• O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) verifica se o produto oferece riscos ao meio-ambiente;
• A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia se o pesticida oferece riscos à saúde humana;
• O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) avalia se o produto possui a eficácia agronômica desejada.
O processo de regulamentação de defensivos no Brasil é um dos mais rigorosos. São realizadas inúmeras pesquisas, além de testes e estudos variados para atestar a eficácia dos produtos, antes que a sua aplicação seja autorizada.
Por se tratar de um produto delicado, o processo de pesquisa, testes e avaliações pode levar mais de dez anos. Tudo isso para que se tenha total certeza da qualidade do produto e para garantir que ele não ofereça riscos à população e ao meio-ambiente.
Importante: havendo evidências de riscos oriundos dos defensivos agrícolas, os órgãos citados acima podem solicitar que seja feita nova avaliação dos produtos.
Também é válido lembrar que apesar do constante crescimento no número de defensivos registrados no país, isso não significa que o produtor rural irá utilizar mais de um tipo de pesticida na produção dos alimentos, até porque financeiramente falando, não é uma prática útil.
Este crescimento dá ao agricultor mais opções para testes ou para o caso de um produto ter seu uso interrompido. Com uma gama considerável de opções, o produtor rural pode escolher a que melhor atende ao seu propósito, e a que é mais viável financeiramente.
• 2,4-D e Picloram: grandes aliados do produtor
• Segurança de alimentos: quais as certificações de qualidade?
O uso de defensivos agrícolas deve ser sempre acompanhado das Boas Práticas Agrícolas, e das Boas Práticas de Fabricação, mantendo-se sempre a atenção quanto aos Limites Máximos de Resíduos permitidos, de acordo com a Anvisa.
Também deve-se evitar a mistura de produtos químicos para aplicação nas lavouras, pois isso pode comprometer a saúde do alimento, do meio-ambiente e dos envolvidos na produção.
O produtor rural deve sempre se apoiar nos órgãos responsáveis para produzir com o máximo de qualidade e responsabilidade possíveis, para que seja oferecido ao consumidor um alimento seguro.
Quer saber mais sobre a Indústria de alimentos, seu crescimento e quais as principais tendências? Separei este blogpost da nossa parceira PariPassu para você:
• Indústria de alimentos: crescimento e tendências
Até a próxima!