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Análise de
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O mercado está com a atenção voltada para as práticas Ambientais, Sociais e de Governança, termo traduzido do inglês que significa: Environmental, Social and Governance: ESG.
Cada vez mais empresas têm buscado se adequar às diretrizes da sigla, que visam minimizar os impactos exercidos pelas organizações sobre o meio-ambiente em que estão inseridas.
As questões ESG também visam o desenvolvimento de um relacionamento positivo com a sociedade.
Além de garantir alimentos seguros para a população, os elos da cadeia produtiva precisam se atentar para o desperdício de alimentos.
Isso é algo que acontece da produção à venda por meio de supermercados, hortifrútis e feiras.
E quando paramos para ver os números totais de alimentos desperdiçados, vemos o quão preocupante é a situação. Para começar, vamos ver em quais elos ocorrem as perdas:
• Produção e consumidores - 28%;
• Mercado e distribuição - 17%;
• Manejo e armazenamento - 22%;
• Processamento - 6%.
Quando separamos os alimentos desperdiçados temos:
• Cereais - 30%;
• Raízes, frutas, hortaliças e sementes oleaginosas - entre 40 e 50%;
• Carne e produtos lácteos - 20%;
• Peixes - 35%;
Estimativas da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) apontam que 6% das perdas de alimentos na produção mundial ocorrem no Caribe e na América Latina.
De acordo com a FAO, não desperdiçar esses alimentos seriam suficientes para que dois bilhões de pessoas fossem alimentadas.
Porém, quando falamos em desperdício de alimentos, não falamos somente da fome que assola mais de 800 mil pessoas em todo o mundo. Também falamos em impactos diretos ao meio-ambiente, devido a má utilização dos recursos naturais durante a produção.
No texto desta semana, vamos falar sobre a importância de uma produção consciente, sustentável e da contribuição que cada integrante da cadeia produtiva pode oferecer. Vamos lá?
Muita coisa mudou e enquanto você lê este texto, muita coisa está mudando na indústria de alimentos. A quarta revolução industrial, chamada de indústria 4.0 causou e segue causando grande impacto, da lavoura ao consumidor final.
Por isso, separei um texto que fala da evolução industrial mais recente.
Leia nosso texto sobre a indústria 4.0!
Como mencionei anteriormente, a prática do desperdício acontece desde a lavoura. E quando o produto vai para a distribuição ocorrem mais perdas, assim como no supermercado, no varejo, no hortifrúti e na casa do consumidor.
Muitas vezes é um movimento corriqueiro que leva ao acúmulo de toneladas de alimentos que, se tratados da forma adequada, poderiam servir de alimento para humanos e animais, e ainda poupar o ecossistema onde são despejados.
Vamos ver alguns exemplos e o que pode ser feito para ajudar a reduzir o desperdício de alimentos!
O descarte incorreto de embalagens de defensivos agrícolas e medicamentos veterinários faz com que os resíduos dos produtos contaminem o solo e corpos hídricos, comprometendo a qualidade das culturas, que ao crescerem sem os nutrientes necessários devido a ação dos agroquímicos descartados incorretamente, não se tornam aptas para a comercialização ou outro tipo de utilização.
Por isso, é muito importante que seja feita a amostragem do solo para análise de resíduos de pesticidas, pois só desta forma é possível saber se a região é segura para se dar início à produção.
Temos um texto sobre amostragem do solo em nosso blog, que se chama: Amostragem de solo para análise de pesticidas.
Além disso, existem outros motivos que colaboram para a presença de pesticidas nas lavouras. Salve para ler mais tarde: Seis fatores que tornam resíduos de pesticidas presentes no meio-ambiente.
Outra prática que colabora para o desperdício de alimentos é a utilização incorreta de defensivos agrícolas.
A falta de atenção às datas de aplicação e até mesmo o uso irresponsável dos produtos causam o acúmulo de resíduos nas culturas que, ao serem analisadas, também não podem ser comercializadas.
Outro ponto que, infelizmente, vem sendo destaque nas lavouras é a utilização de defensivos agrícolas ilegais.
São produtos que não possuem bula e nem a composição específica para determinada praga ou doença, e ao não protegerem corretamente a plantação, comprometem a qualidade da produção, que acaba sendo descartada na colheita ou após as análises de resíduos.
A Agrosafety atua há quinze anos realizando análises de resíduos de pesticidas em alimentos. Fale com nossos especialistas!
Antes de transportar e armazenar alimentos e defensivos é preciso considerar questões como clima, local de armazenamento, forma de transporte e até mesmo o período do dia.
Um pesticida armazenado em local indevido pode ter sua embalagem danificada, comprometendo o conteúdo e o solo.
O mesmo vale para frutas, legumes e verduras. Alimentos armazenados incorretamente, sem a devida proteção de embalagens e a aplicação de defensivos específicos para estoque, apodrecem, atraem insetos e roedores, e comprometem todo o seu estoque.
Nossos especialistas prepararam um conteúdo específico sobre transporte e armazenamento de frutas, legumes e verduras em hortifrutis e supermercados.
Neste texto falamos exclusivamente sobre como transportar e armazenar FLVs para centros de distribuição, varejo e afins. Salve para ler mais tarde!
Leia: Transporte e armazenamento: como evitar contaminações em FLVs
E já que estamos falando em contaminação de alimentos, vamos para o terceiro exemplo.
De acordo com um levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS) de 2020, uma em cada 10 pessoas no mundo adoece por ingerir alimentos contaminados. Se formos pensar no contexto mundial, é bastante gente, ou seja, um caso que merece muita atenção.
Mas mesmo o alimento chegando em boa qualidade para o processamento, ele ainda pode sofrer contaminação dentro da indústria. E um alimento contaminado gera problemas de saúde, recall de produtos, e descarte do lote.
Por isso deve-se garantir que a sanitização do local de preparo e processo seja feita de acordo com as Boas Práticas de Fabricação, e que a limpeza do alimento e das ferramentas que serão utilizadas seja feita como orientam as diretrizes das BPFs.
Os três primeiros exemplos falam do desperdício de alimentos no processo produtivo. Porém, temos que lembrar que 28% dos alimentos desperdiçados também são de parte dos consumidores.
Como podemos fazer para evitar que isso aconteça e aproveitar melhor nossos alimentos?
Muito se fala sobre práticas alimentares mais saudáveis e reaproveitamento de ingredientes. Porém, há quem se esqueça da utilidade dos talos das verduras e da casca de frutas e legumes para a produção de refeições.
Existem pratos que são produzidos com estes ingredientes considerados por muitos como descartáveis, mas às vezes, na correria do dia acabamos não dando atenção a este fato.
Outro ponto importante sobre o consumo consciente é a realização de uma lista de compras para que seja comprado o necessário.
Desta forma, você consegue organizar o espaço de armazenamento de alimentos perecíveis, evitando que apodreçam e atraiam insetos e roedores.
Agora que você já sabe como evitar desperdícios, tanto na produção quanto no consumo de alimentos, fique à vontade para compartilhar a informação!
Até logo!