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Antimicrobianos são compostos químicos que inibem ou matam o crescimento de microrganismos, e são produzidos de forma natural, seja por fungos e bactérias (os antibióticos), ou de forma sintética (os quimioterápicos). Alguns antimicrobianos afetam animais e humanos.
Também podem ser usados como desinfetantes e antissépticos. O objetivo do uso desses medicamentos é prevenir ou tratar uma infecção como modo de ação de preservar a microbiota normal, e diminuir ou eliminar patógenos.
Os antimicrobianos podem ser classificados pelos microrganismos suscetíveis, que são:
• Antibacterianos;
• Antifúngicos;
• Antivirais;
• Antiparasitários.
Esses medicamentos também são classificados pelas atividades antibacterianas, que são: os bactericidas, que matam os microrganismos, e os bacteriostáticos, que inibem o crescimento dos microrganismos. Eles são utilizados em tratamento de doenças infecciosas em bovinos, ovinos, suínos e caprinos.
Além disso, também são utilizados para promover o crescimento de animais, aumentar a produção de aves, de gado leiteiro e o número de filhotes em suínos.
Porém, o mau uso de antimicrobianos representa uma ameaça não só para a produção de alimentos, mas para a população em geral.
Leia também:
• Rastreabilidade no Agronegócio: uma vantagem para a cadeia produtiva;
• Monitoramento de resíduos em alimentos à base de trigo.
Um dos efeitos colaterais inevitáveis do uso de antimicrobianos é a resistência bacteriana, que é uma ameaça ao controle de doenças em todo o mundo. Isto ocorre devido ao uso desnecessário e em dosagens e duração inadequadas da terapia.
Também podemos citar as combinações com antibióticos, resultando na seleção de bactérias resistentes que destroem ou inviabilizam medicamentos, inibindo a droga.
O mau uso dos antimicrobianos no tratamento de animais gera um problema grave à saúde pública, pois há comprovações de que o uso inadequado afeta os produtos e derivados utilizados em humanos.
Tendo em vista os riscos à resistência antimicrobiana, a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), preconizou as seguintes normas, que devem ser seguidas:
• Garantir o uso racional de agentes antimicrobianos em animais com o objetivo de otimizar, tanto a eficácia, como a segurança;
• Cumprir a obrigação ética e a necessidade econômica de manter os animais em boa saúde;
• Prevenir ou reduzir a transferência de microrganismos resistente ou determinantes de resistência nas populações animais, no ambiente e entre animais e seres humanos;
• Contribuir para a manutenção da eficácia e utilidade dos agentes antimicrobianos utilizados na medicina animal e humana;
• Proteger a saúde dos consumidores, garantindo a segurança dos alimentos de origem animal no que diz respeito aos resíduos de agentes antimicrobianos.
Agora que você já sabe o que são antimicrobianos e a importância do uso correto na criação de animais para produção de alimentos, vamos ver o que são antiparasitários.
Separei dois textos para você ler depois:
• Para que serve o Glifosato?
• Entenda como o PARA realiza a análise de resíduos.
Antiparasitários são medicamentos que detém e previnem infestações de parasitas, como:
• Pulgas;
• Carrapatos;
• Piolhos;
• Sarna otodécica.
Estes parasitas geram problemas à saúde animal, como alterações digestivas, atrasos de crescimento e anemia. Bovinos, suínos e aves recebem doses de antiparasitários para evitar o contágio de doenças e minimizar a transmissão a outros animais.
Os antiparasitários são classificados em anti-helmínticos e antiprotozoários, e os mais comuns são:
• Avermectinas;
• Benzimidazóis;
• Piretróides;
• Organofosforados.
E assim como acontece com os antimicrobianos e demais medicamentos veterinários, o mau uso dos antiparasitários, como limites excedidos e prazo de carência não respeitado, deixa resíduos de medicamentos em alimentos, o que não é saudável para o consumidor e também para a indústria.
Em alimentos, os resíduos de medicamentos veterinários interferem na comercialização de produtos de origem animal. A ingestão de resíduos de antiparasitários em alimentos de origem animal causa reações alérgicas, além de náuseas e vômitos.
Para auxiliar na detecção de resíduos de medicamentos veterinários em alimentos de origem animal, existem testes laboratoriais, de métodos cromatográficos. Estes testes são utilizados para determinar a presença destes resíduos.
Com os resultados de análises é possível avaliar a exposição humana a antimicrobianos e antiparasitários e o potencial de risco à saúde dos consumidores. Por tanto, programas governamentais e de monitoramento devem ser frequentemente aplicados na produção, a fim de gerar alimentos com maior segurança.
Continue acompanhando nosso blog para saber mais sobre como evitar resíduos de defensivos químicos e medicamentos veterinários na sua produção!
• Defensivos agrícolas: produza com qualidade e segurança;
• Entenda o novo Decreto Nº 10.833 para defensivos agrícolas.
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