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Sabemos que toda indústria alimentícia é composta por máquinas que desempenham papéis importantes e até indispensáveis no processo produtivo de laticínios, bebidas, produtos derivados de carne, dentre outros.
E, ao contrário destes equipamentos, também sabemos que as culturas e a fauna das produções agropecuárias não possuem a mesma precisão desses equipamentos.
Intempéries climáticas como muita chuva ou climas muito secos prejudicam o crescimento de plantas e o desenvolvimento de animais, favorecem predadores das plantações ou eliminam os inimigos naturais destes.
Diferentemente da produção industrial, grande parte do sucesso ou insucesso da produção rural depende das condições climáticas.
A cada ano temos um clima diferente, mais ou menos favorável para as culturas.
Além do clima, o manejo do solo, das culturas e defensivos utilizados também influencia diretamente no processo de produção.
Ou seja, todos esses fatores tornam a agricultura uma atividade de risco.
E geralmente, quando se fala em riscos na produção agrícola, logo pensamos em eventos climáticos, como os mencionados acima. Porém, existem riscos associados, que não estão em constante evidência, porém, merecem a mesma atenção.
Existem soluções para realizar a gestão de riscos na produção agrícola, e assim como os fatores positivos e negativos para a lavoura estão interligados, estas soluções também estão integradas para maior efetividade no combate e prevenção de perdas de matérias-primas e também financeiras.
Além das ferramentas que iremos apresentar, o planejamento agrícola é de suma importância para garantir o sucesso da plantação e também do empreendimento como um todo. Salve nosso texto sobre o tema para ler mais tarde:
• Planejamento agrícola: otimize sua produção
Para que a cadeia produtiva exista e funcione bem é preciso energia. Isso vale para todas as cadeias, não apenas para a alimentícia.
Um fator que está em primeiro lugar quando falamos em riscos associados é a disponibilidade energética.
Todos os elos das cadeias agrícolas precisam de energia para produzir e também escoar a produção. Combustíveis fósseis como o petróleo têm desempenhado um papel importante na produção de alimentos.
Porém, diante das mudanças climáticas que temos presenciado, a necessidade de medidas sustentáveis de energia tem se tornado maior.
Mas mesmo com o crescimento de temas como sustentabilidade e ESG (Ambiental, Social e Governança, em português), a adoção de energia solar, eólica e/ou hídrica na produção de alimentos ainda levanta incertezas no setor agrícola.
Sendo assim, é indispensável a existência de programas voltados para pesquisa e desenvolvimento tecnológico relacionados às energias renováveis.
Além destes, também existe o risco da dependência de insumos vindos do exterior, em especial, produtos agroquímicos. Como vimos em nosso texto sobre o impacto do conflito no leste europeu, ter a Rússia como maior fornecedora desses insumos deixou o agronegócio brasileiro em alerta de uma possível escassez dos produtos.
A isenção de impostos aplicada na década de 90 tornou mais fácil a entrada de produtos importados no país. Consequentemente, fez com que a produção nacional de defensivos diminuísse.
Com isso, a dependência de insumos importados aumentou e segue em crescimento anual. Cerca de 70% do consumo total de defensivos químicos utilizados na produção agrícola nacional é se dá por importações.
Outros riscos associados que também merecem destaque e atenção são os:
• De produção;
• Sanitários;
• De gestão dos recursos (em especial dos recursos naturais);
• De crédito e comercialização;
• Relacionados ao mercado externo;
• Decorrentes da infraestrutura;
• Do ambiente institucional relacionados a direitos de propriedade mal definidos, mudanças nas regras de comércio e mudanças nas regras relacionadas à própria produção.
E para combater esses riscos, existem três ferramentas que, combinadas, auxiliam a reduzir e eliminar os danos causados.
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As ferramentas para gerir e combater riscos na produção de alimentos são uma combinação de três estratégias:
• Prevenção ou mitigação;
• Transferência;
• Enfrentamento ou resposta.
Antes de escolher qual ferramenta utilizar, é preciso avaliar duas dimensões-chaves dos riscos apresentados: a probabilidade de ocorrência dos eventos e a severidade dos impactos causados (ou que possam ocorrer).
Com esses dois pontos definidos, é hora de segmentar os riscos em:
• Riscos frequentes e que causam pequenas perdas;
• Riscos de frequência e impacto que não podem ser deixados de lado;
• Riscos catastróficos, ou seja, aqueles que, apesar de ocorrerem com pouca frequência, causam perdas grandes.
Riscos segmentados, agora o produtor consegue escolher qual ferramenta utilizar, se será preciso combinar com outra, e assim, fazer o melhor uso delas para combater as ameaças.
Vamos conhecer melhor as ferramentas de gestão integrada.
A primeira ferramenta tem como objetivo diminuir as chances de ocorrência de eventos de risco, ou até mesmo reduzir o impacto causado por eles.
Podemos usar como exemplo a realização do zoneamento das áreas que são próprias para o cultivo de culturas específicas. Dessa forma, o agricultor tem mais segurança ao financiar o projeto naquela região.
A transferência tem como objetivo diluir os efeitos econômicos negativos causados pelos eventos de risco.
Como exemplo, temos o seguro rural. Ele permite que o produtor se previna contra perdas causadas por fenômenos climáticos, e também por riscos associados.
Com essa ferramenta, é possível transferir uma despesa futura, incerta e de alto valor, por uma despesa antecipada e certa, porém, de menor valor.
Esta ferramenta visa aliviar os efeitos que os eventos de risco causaram na lavoura. Para isso, existe o Programa Garantia Safra.
Esse programa é uma ação do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF). Ele disponibiliza um benefício em dinheiro para agricultores familiares.
O benefício tem como objetivo garantir condições mínimas de sobrevivência aos pequenos agricultores de municípios que estão sujeitos a severas perdas de safra, em decorrência de eventos como estiagem ou excesso hídrico.
Produtores e agricultores devem fazer o uso constante das ferramentas de gestão integrada e realizar um bom planejamento agrícola para enfrentar ou evitar eventos de risco com sabedoria, e garantir o sucesso da produção.
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