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Para produzir um alimento seguro, agricultores e profissionais da indústria precisam:

 

Entender o que é qualidade e suas ferramentas;

Saber o que são e como aplicar as diretrizes das Boas Práticas de Fabricação, e;

Estar por dentro das regulamentações vigentes para análise de resíduos em alimentos.

 

Esses são três dos vários pontos fundamentais para garantir o bom funcionamento da produção rural. E no texto desta semana vamos tratar de outra questão fundamental: o planejamento agrícola. 

 

Planejar cada passo do processo produtivo evita surpresas indesejáveis e dá ao produtor rural conhecimento completo de sua operação, possibilitando a tomada de decisão de forma mais segura.

 

Fatores como clima, qualidade do solo, aplicação de defensivos e período de carência, por exemplo, exigem preparo e pesquisa prévios, pois o erro em um dos passos pode comprometer todo o restante. 

 

Realizar o planejamento agrícola é uma tarefa que exige bastante estudo e pesquisa, por isso deve ser realizada com bastante atenção e empenho para que os resultados sejam positivos. 

 

O planejamento agrícola é uma prática dinâmica, dada a constante evolução do agronegócio e da indústria de alimentos como um todo. Esta prática auxilia o produtor rural, do início, quando se escolhe o local para a operação rural, até o fim, quando é feita a definição do valor de venda e distribuição. 

 

Se você está se perguntando como realizar um planejamento agrícola na sua produção, continue a leitura! 

 

Caso queira saber mais sobre a evolução da indústria de alimentos, separei este texto para você ler mais tarde:

 

Indústria 4.0 e o impacto tecnológico na produção de alimentos

 

Mas antes vamos ver um pouco mais sobre o que é esta prática. 

 

Planejamento agrícola na produção rural

O produtor rural é o primeiro elo da cadeia produtiva. É a partir do campo que saem os alimentos que são distribuídos para varejos, hortifrutis, supermercados, indústrias e centros de distribuição, até chegarem em nossa mesa. 

 

Por isso é tão importante que o agricultor tenha conhecimento e controle sobre a sua produção e o planejamento torna isso possível. Uma produção bem planejada significa:

 

• Distribuição correta e dentro do prazo;

• Produtos de boa qualidade;

• Clientes satisfeitos;

• Retorno financeiro, e;

• Permanência no mercado.

 

Sabemos, porém, que muitos produtores acabam por não realizar o planejamento agrícola, seja por aumento de demanda e pouca mão de obra qualificada, ou por não possuírem as ferramentas necessárias para a realização, se valendo de cadernos, planilhas ultrapassadas e até mesmo a própria memória. 

 

Anteriormente, eu disse que o agronegócio está em constante evolução e a inclusão de tecnologias no campo, faz parte deste processo evolutivo que tem beneficiado muitos produtores ao redor do mundo. 

 

Mas claro, não é porque determinado agricultor utiliza milhões de reais em tecnologia, que você precisa fazer o mesmo. É aí que o planejamento se inicia, dentro de casa, fazendo a avaliação da propriedade rural, análise de dados socioeconômicos, para então definir as metas do processo produtivo. 

 

E como é feito o levantamento destas informações? Veja logo abaixo. 

 

Sabia que bolores e leveduras nem sempre são nossos inimigos? Confira os prós e contras destes microrganismos na produção de alimentos que consumimos! 

 

Prós e contras de bolores e leveduras na indústria de alimentos 

 

Planejamento técnico-produtivo

Este é o primeiro passo. É a partir daqui que o produtor realiza análises da propriedade rural que irá utilizar, para começar a montar o fluxo de produção interna.

 

Aqui são analisados os riscos e vantagens biológicos, como qualidade do solo, quais os nutrientes presentes e recursos hídricos a serem utilizados, compreender o ciclo produtivo, quais os insumos adequados e a quantidade de cada um. 

 

É no planejamento técnico-produtivo que são definidos os objetivos da operação e também as metas. Um ponto muito importante quando falamos de metas e objetivos é: eles devem ser alcançáveis.

 

Não faz sentido definir uma meta de produzir quarenta toneladas de cenoura se a sua realidade não permite essa produção. 

 

As informações obtidas neste primeiro passo do planejamento visam otimizar o processo produtivo, tornando-o mais eficiente. Como? Vou te dar dois exemplos:

 

Com os dados em mãos você consegue saber a quantidade certa de sementes que irá precisar para iniciar a produção, evitando desperdícios e retrabalho;

 

Ao saber a quantidade ideal de defensivos que serão utilizados na operação, você evita gastos desnecessários e até mesmo perda de produtos em estoque. A busca pelos produtos se torna mais rápida e a aplicação mais eficaz. 

 

E agora: como obter estes dados? Como saber se o solo possui resíduos de pesticidas de outras plantações, ou se a água subterrânea que vou utilizar na irrigação é apropriada? Simples, basta utilizar a tecnologia adequada e a parceria correta. 

 

A PariPassu, nossa parceira, possui uma ferramenta que facilita a vida do produtor rural quando o assunto é gestão agrícola: o Rastreador de Campo. Conheça mais clicando aqui! 

 

Quanto à amostragem de solo para análise de resíduo de pesticidas, nossos especialistas criaram um conteúdo específico para tirar suas dúvidas!

 

Atualmente, se você quer aumentar a produtividade da sua lavoura e ter mais tranquilidade ao administrar a produção, não dá mais para fugir da utilização de tecnologias específicas para o agronegócio. 

 

Quando falamos em tranquilidade também falamos em realizar análises de resíduos de defensivos agrícolas periodicamente. Desta forma, é possível saber se os Limites Máximos de Resíduos permitidos estão dentro do limite permitido pela legislação. 

 

Com os dados em mãos, é hora de partir para o próximo passo: o planejamento mercadológico. 

 

Relembre o que mudou com a Nova Portaria GM/MS Nº888! 

 

Planejamento mercadológico

Além da evolução tecnológica, o dinamismo do agronegócio também se dá pelas mudanças econômicas em todo o mundo. Realizar o planejamento mercadológico é fundamental para evitar que gastos desnecessários sejam feitos ou que bons momentos no mercado agrário não sejam aproveitados. 

 

Este planejamento orienta o produtor a saber qual a melhor época para compra e venda de produtos e insumos. Além disso, também dá um norte para que seja possível saber de quem comprar e para quem vender.

 

O planejamento mercadológico dá ao produtor informações precisas para que investimentos futuros sejam realizados. 

 

Com este planejamento determinado, é hora de partir para o terceiro passo: o planejamento financeiro. Vamos lá? 

 

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Planejamento financeiro

Este planejamento começa com a avaliação do caixa da empresa. Quanto você tem? Quanto precisa investir? Partindo daí o produtor sabe onde precisa economizar, de quem precisa comprar e a quanto precisa vender seus produtos. 

 

O planejamento financeiro dá ao agricultor o quadro da situação financeira da operação, apontando quais são os recursos que ele possui (maquinário, aplicadores de defensivos, etc) e o que é preciso comprar.

 

Para que este planejamento seja eficaz, o agricultor precisa avaliar pontos como:

 

Safras anteriores. (O que foi gasto? O que foi ganho?);

Culturas cultivadas;

Defensivos agrícolas utilizados;

Fornecedores e equipamentos. 

 

De posse destas informações é possível pautar os próximos passos da produção. Também é possível corrigir erros como insumos parados em estoque por terem sido comprados a mais, além de aplicar melhorias e otimizações no processo.

 

E atenção: é importante que tudo seja registrado! Quais produtos foram comprados e a mão de obra utilizada. Desta forma, além de ter registros para auditorias ou quaisquer outras situações em que eles sejam exigidos, é possível definir as próximas etapas. 

 

Depois do planejamento técnico, mercadológico e financeiro, é hora de traçar as estratégias da produção. 

 

Planejamento estratégico

De posse de todas estas informações, o agricultor tem base suficiente para definir qual a estratégia ideal para sua produção ou se será preciso mais de uma estratégia, e assim, ser capaz de tomar decisões com mais segurança. 

 

Além das informações fornecidas pelos outros planejamentos, é importante que o produtor implemente uma política de gerenciamento de riscos em sua operação. Gerenciar riscos não diz respeito apenas ao controle financeiro ou de questões como o clima. 

 

Por ser o primeiro elo da cadeia produtiva, é fundamental que o agricultor tenha ciência de quais são os pontos positivos e os negativos de sua operação, e aplicar melhorias e correções o quanto antes para que o planejamento agrícola não seja em vão. 


 

Até a próxima!

 

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Glauco Damasceno
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