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Com origem no continente asiático, as plantas cítricas chegaram ao Brasil provavelmente pelo Estado da Bahia, e encontraram aqui as melhores condições para o seu desenvolvimento.

 

Conforme as culturas foram se expandindo pelo país, a sua importância no cenário econômico também foi crescendo. Desta forma, fez com que o Brasil se tornasse um dos principais produtores mundiais de citros e o maior exportador de suco de laranja do mundo.

 

Na condução de um pomar citrícola, há diversas operações que são realizadas durante o desenvolvimento das plantas, seja monitoramento e controle de pragas, controle de plantas invasoras, adubação, entre outras.

 

Há também diferentes sistemas e manejos de coberturas vegetais, como o manejo convencional, o cultivo mínimo e o plantio direto. 

 

Continue a leitura para entender melhor a diferença entre esses três sistemas. E mais: 

 

Qual cobertura vegetal utilizar nas entrelinhas? 

Como o manejo do pomar pode diminuir os resíduos de pesticidas nas plantas?

 

Separei um tema que vai de encontro com o que vamos abordar no texto desta semana. Salve para ler mais tarde: Como a tecnologia no agronegócio otimiza o dia a dia de produtores.

 

Manejo convencional

Mesmo sendo uma técnica considerada bastante ultrapassada, o sistema de manejo convencional ainda é visto sendo utilizado pelos pomares brasileiros.

 

Ele tem como característica o uso bastante intenso do maquinário, principalmente no preparo da área do pomar e na sua condução, por meio da gradagem para o controle das plantas daninhas nas entrelinhas. 

 

Com isso, algumas consequências negativas são geradas, como:

 

Corte de raízes finas das plantas de citros, o que facilita a infecção pelo fungo o Phytophthora sp.;

Compactação e evaporação mais rápida da água do solo, e consequentemente menor umidade no local, levando a uma menor atividade microbiológica;

Erosão e perda de nutrientes.


Além do controle mecânico das plantas daninhas, no sistema convencional, a utilização do controle químico é bastante significativa, tendo herbicidas à base de glifosato como os mais utilizados na cultura dos citros.

 

O alto uso de herbicidas é extremamente prejudicial para a saúde da população e do meio ambiente, além de aumentar o risco de contaminação e de resíduos de produtos químicos nas plantas e principalmente nos frutos.

 

Plantio direto e cultivo mínimo

Em contrapartida, temos os sistemas de plantio direto e cultivo mínimo, que visam minimizar os impactos e a perturbação do meio ambiente, diminuindo o uso de maquinário em relação ao manejo convencional, assim como o uso de defensivos agrícolas, principalmente herbicidas. 

 

Nesses sistemas, a escolha da espécie de cobertura das entrelinhas é de extrema importância, visto que a definição é baseada no próprio desenvolvimento da cultura intercalar, se é uma espécie anual ou perene, e no nível de competitividade de recursos como a água e nutrientes.

 

Veja a seguir algumas das opções e os benefícios que elas oferecem para cada caso! 

 

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Qual cobertura vegetal utilizar nas entrelinhas?

Dentro desse cenário, o produtor tem algumas opções para consorciar com as plantas citrícolas, e o que será fundamental para sua escolha está intrinsecamente relacionado às características da área e também de seus objetivos.

 

Uma das opções são as leguminosas, pois possuem alta capacidade de fixação biológica de nitrogênio e sistemas radiculares profundos, capazes de devolver para a superfície os nutrientes móveis que são lixiviados no solo.

 

Se o intuito do produtor for melhorar a estrutura física do solo e o aporte de nutrientes, a escolha por alguma leguminosa, seja feijão-de-porco ou crotalárias, por exemplo, passa a ser mais interessante.

 

Por outro lado, se o objetivo for o controle de plantas daninhas para reduzir o uso de herbicidas, a melhor alternativa passa a ser o cultivo de gramíneas de rápido crescimento e de grande produção de biomassa, como são os casos dos capins braquiárias.

 

Dentro desse grupo, o capim Brachiaria ruziziensis tem grande destaque, visto que além de produzir boa quantidade de biomassa, é uma espécie que não apresenta grande competição com as plantas de citros.

 

A escolha do manejo e da cobertura vegetal irão determinar a presença de resíduos de pesticidas nas plantas do pomar. Mas como? 

 

Fale com um especialista da Agrosafety para conhecer melhor nossas análises de resíduos de pesticidas!

 

Como o manejo do pomar pode diminuir os resíduos de pesticidas nas plantas?
Além da prática de plantio direto e cultivo mínimo, com a cobertura vegetal definida, a escolha certa da cultura intercalar, no caso aquela que apresente maior produção de biomassa em menor espaço de tempo, faz com que o uso de herbicidas seja menor, tanto no número de aplicações por ano agrícola, quanto na dosagem. 

 

É sempre bom lembrar também que além do consórcio com a cultura de interesse, a utilização da roçadeira enleiradora lateral ou “ecológica” nas entrelinhas do pomar, é fundamental para que toda a biomassa cortada seja lançada para a linha de plantio, formando uma camada de mulch (palhada morta), que auxiliará no controle das plantas daninhas.

 

Com a diminuição da necessidade do controle de plantas daninhas, a probabilidade de resíduos de herbicidas nas plantas e nos frutos tendem a ser menores, o que trará benefícios diretos ao citricultor.

 

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Até a próxima! 

Raphael Licerre
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